Uma das sensações desse primeiro semestre de 2009 atende pelo nome Empire of The Sun. O duo já conquistou por aqui certo terreno em espaços mais antenados da grande mídia escrita e até em algumas pistas de dança e FMs. Já na Austrália, país do qual são egressos e que atualmente integra o meu imaginário G-5 musical (ou seria 6,7,8...?), ao lado de outros emergentes como França e Suécia, o sucesso é avassalador (abiscoitaram um disco de platina).
De fato, a cena pop australiana, capitaneada pelo pessoal do Cut Copy, responsável pelo pelo já antológico "In Ghost Colours", e da qual também fazem parte, entre outros menos cotados, The Presets e Van She, este mais "roqueiro", é hoje uma das mais efervescentes. Surpreendentemente, os padrões sonoros desta auspiciosa escalada são mais voltados para o que pode ser reconhecido como uma espécie de pop(synth-electro)dance, algo distante, portanto, da tradição aussie, mais calcada na visceralidade de artistas como AC/DC e Midnight Oil.
Quando se fala em Empire of The Sun, uma menção obrigatória é ao visual estudadamente kitsch da dupla. As figuras, com seu ar galhofeiro e paródico, parecem um cruzamento dos ícones glam com bandas new wave dos anos 1980 e personagens de filmes B de ficção científica. O que soa ridículo, ao mesmo tempo é uma promessa de divertimento, a qual se confirma durante a audição de "Walking on a Dream". O disco arma uma eficiente emboscada para fisgar o ouvinte logo no início, com o homônimo electro-smooth hit(!) e com a cativante "We are the People". A partir daí um tiroteio de referências continua atingindo as demais faixas. Há canções mais contemplativas ("Country" lembra Radio Dept. e a pegajosa "Without You" remete a new romantics como Spandau Ballet e ABC), enquanto outras mais sacolejantes como "Swordfish Hotkiss Night" (que deveria pagar tributo ao Hot Chip), ou fincadas num jeito Human League synth-pop de ser, equilibram a balança. Nada espetacular, mas pensado e executado com esmero.
E tem espaço para viagem nessa miscelânea toda? Sem dúvida. O enunciado expresso no título do álbum é cumprido num itinerário fácil, solar, descomplicado, não muito denso e acima de tudo divertido como as boas fantasias cinematográficas.
Corrigindo apenas Fabiano, o cd do Empire Of The Sun é do final de 2008
ResponderExcluirNão disse que o disco foi lançado em 2009. Afirmei, sim, que o grupo é uma das sensações do primeiro semestre de 2009.
ResponderExcluirvedade, agora que estão ficando mais conhecidos.
ResponderExcluirambos estão certos de qualquer forma!
Eu interpretei errado... Foi mal
ResponderExcluirESSE vizo ai e total DUNA. mais na cara ainda no cartaz/capa!
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